O algodão – uma das principais culturas agrícolas do mundo, em que o Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores países produtores – sofre com o ataque de pragas, que podem acometer desde a raiz até os capulhos, em qualquer estádio fenológico da planta. Quando esse é o tema, a mosca-branca (Bemisia tabaci) e os pulgões ganham atenção especial, por estarem amplamente distribuídos em todas as regiões produtoras e por seu alto potencial de danos à cultura. A solução? Um inseticida sistêmico com características e tecnologias avançadas que chega ao mercado em 2023.
O controle da mosca-branca em algodão, assim como de outras pragas sugadoras (p. ex. o pulgão-do-algodoeiro (Aphis gossypii), desperta preocupação e interesse em produtores e especialistas, em um momento em que o mercado da fibra volta a aquecer, com a recuperação do setor têxtil.
Muitas vezes conhecida como ouro branco, a pluma do algodão é muito preciosa para a indústria e para a rentabilidade do produtor, mas sua qualidade está sujeita a reduções, por conta de danos diretos e indiretos causados por essas pragas.
O manejo da mosca-branca e dos pulgões não é um desafio novo, e o produtor está refém de ferramentas e inseticidas antigos, que costumam perder sua eficácia frente à dinâmica dessas pragas e à evolução de novos biótipos, que se tornam cada vez menos sensíveis a esses inseticidas. Depois de muito tempo de investigação e pesquisa, foi possível desenvolver um inseticida com sistemicidade total, com um princípio ativo inédito e com um movimento exclusivo.
Além de um princípio ativo inédito, com tecnologia adequada aos termos do MIP (Manejo Integrado de Pragas) quanto à necessidade de rotação de ativos no tratamento fitossanitário, o novo inseticida para o controle de mosca-branca em algodão, assim como para pulgões e outras pragas, tem a característica da ambimobilidade. Diferentemente de todos os outros defensivos agrícolas, o produto se transloca na planta não apenas de baixo para cima, mas faz também o movimento inverso, translocando de cima para baixo e protegendo a planta por inteiro.
Antes de continuar a leitura e entender tudo sobre essa inovação, sugerimos que assista ao vídeo a seguir, que explica, de maneira simples, o ineditismo da ambimobilidade e os benefícios que essa característica única oferece para controlar pragas por toda a planta:
Inseticidas sistêmicos e o controle de mosca-branca (Bemisia tabaci) no algodão
A área dedicada à cultura do algodão no Brasil cresceu significativamente nos últimos 10 anos – a safra 2022/23 apresenta quase o dobro de hectares em comparação com 2012/13, segundo a série histórica da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Esse número vem crescendo com a demanda, a fim de conseguir uma oferta suficiente às necessidades do mercado.
No entanto, o aumento da área de cultivo pode significar mais espaço para o avanço de pragas que usam a cultura como hospedeira, o que compromete a quantidade e a qualidade da produção. A presença da mosca-branca, desde que foi detectada no país na década de 1990, vem sendo intensificada nas regiões produtoras a cada safra, o que não foi diferente nos últimos três ciclos, em que sua presença foi generalizada.
A praga avança, por ser altamente adaptável às condições climáticas e por sua capacidade de parasitar um grande número de espécies de plantas, mas as tecnologias de controle não evoluíram no mesmo ritmo, de maneira que os cotonicultores vêm sofrendo cada vez mais com a pressão de B. tabaci e de outras pragas, como pulgões.
As pragas se tornam uma ameaça quando sua população atinge o nível de controle – mediante monitoramento na parte inferior da planta –, situação em que comumente há indivíduos em diferentes estágios de desenvolvimento na lavoura, alocados em diversas partes das plantas. Quanto à mosca-branca, as ninfas se fixam, em sua maioria, no baixeiro do algodoeiro, enquanto os adultos se movimentam livremente pela parte aérea. Quanto aos pulgões, as colônias geralmente se fixam no terço médio e no ponteiro em desenvolvimento do algodão.
Com isso, a melhor maneira de se conseguir um resultado efetivo de controle, sem necessidade de aplicações excessivas de defensivos, é utilizando produtos eficazes, como os inseticidas sistêmicos que também agem por contato e ingestão, de maneira a atingir a praga independentemente de sua fase e local de fixação. Igualmente importante é a escolha de soluções com uma combinação de diferentes ingredientes ativos, como uma recomendação para um manejo mais sustentável, pensando na eficiência do produto para o manejo antirresistência.
Uma das preocupações é a necessidade de aplicar um produto para controlar ninfas e outro para adultos de B. tabaci, tornando o manejo de alto custo, a operação bastante onerosa e a quantidade de ativos dispensados no ambiente exagerada. Com o avanço das composições e formulações dos inseticidas sistêmicos para algodão, tornou-se possível aplicar um único produto com eficiência contra a praga em diferentes estágios, proporcionando sustentabilidade ao MIP no algodão.
Queda de qualidade: um dos grandes danos de mosca-branca na cultura do algodão
Parasita de mais de 700 espécies de plantas (de maneira a sobreviver e se multiplicar com facilidade), a mosca-branca é conhecida por seus danos diretos e indiretos no algodão, podendo causar graves prejuízos econômicos ao cotonicultor, se não for controlada corretamente, com risco de aumento da pressão da praga nas culturas subsequentes.
Como danos diretos, ninfas e adultos de B. tabaci sugam a seiva da planta, debilitando fisicamente diversas estruturas e interferindo negativamente no vigor do algodoeiro. Nesse processo, são injetadas toxinas capazes de alterar a fisiologia das plantas, resultando em desfolha, murcha e distúrbios de desenvolvimento.
Como danos indiretos, o fato de a mosca-branca ser vetor de diversas viroses é bastante preocupante e torna o manejo ainda mais importante, pois é a partir dele que se realiza o controle das cerca de 90 doenças transmitidas pelo inseto. De toda forma, o maior risco está no recobrimento das folhas e dos capulhos com fumagina, fungo que se desenvolve a partir da excreção da praga (honeydew).
Além do ambiente propício para o desenvolvimento de doenças foliares, a fumagina açucarada prejudica a capacidade fotossintética da planta e compromete a estrutura das fibras, causando significativa redução da qualidade e desvalorização do produto. Quando alcança os capulhos do algodoeiro, há maior dificuldade de extração das fibras, prejudicando a eficiência e podendo danificar os maquinários.
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Controle inédito e característica única: o novo inseticida sistêmico para algodão
Diante da gravidade dos pulgões e da mosca-branca na cultura do algodão e da dificuldade de realizar um controle que não seja demasiadamente agressivo ao meio ambiente, chega no mercado em 2023 o inseticida ELESTAL® Neo. De ação sistêmica, por contato e por ingestão, o produto foi desenvolvido para oferecer aos cotonicultores eficiência no controle de mosca-branca e pulgão-do-algodoeiro, além de ser registrado também para soja, tomate, feijão e culturas de hortifrúti.
ELESTAL® Neo conta com TINIVION™ technology, um princípio ativo inédito que entrega assertividade no manejo antirresistência, característica que é ainda mais potencializada com a combinação de um ativo do grupo dos neonicotinoides.
Com essa combinação inteligente, ELESTAL® Neo controla todas as fases da mosca-branca, tanto ninfas quanto adultos. A característica única desse novo inseticida para algodão é sua capacidade de translocação pela planta, afinal, de nada adianta ampliar os modos de ação sem possibilitar um alcance maior da praga.
Assim, além do efeito translaminar e do residual prolongado, ELESTAL® Neo tem o diferencial e a exclusividade da ambimobilidade, translocando para cima, por meio do xilema, e para cima e para baixo, pelo floema, em um movimento que nunca para. Assim, atinge tanto as colônias de pulgões no terço médio e nos ramos em desenvolvimento quanto as ninfas de mosca-branca imóveis no baixeiro, de maneira a proporcionar um controle de todas as fases das pragas em todas as partes da planta.
Em resumo, o produto entrega os seguintes benefícios:
- Máxima proteção: move-se para cima e para baixo, protegendo a planta por inteiro;
- Efeito de choque e residual prolongado: ação imediata e por mais tempo, evitando a reinfestação das pragas;
- Espectro de controle: alta eficiência contra mosca-branca e pulgão-do-algodoeiro.
Todos esses fatores fazem com que o inseticida possa ser aplicado em qualquer fase da cultura, desde a emergência até a formação de capulhos, a depender dos resultados de monitoramento de pragas, tornando-se uma ferramenta importante para o MIP e o controle consciente.
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Muito bom
Meu Brasil campeão no agro
E nas lavouras
Elestal Neo torna-se uma ferramenta indispensável diante de tantos desafios
fimeú